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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Por ALBERTO NÍDIO (opinião)

DOMINGOS LOPES
10 ANOS DE SAUDOSA E DOCE RECORDAÇÃO

Cumpriram-se no pretérito dia 10 de Dezembro dez longos anos em que um erro irreparável do destino retirou do nosso convívio o saudoso Dr. Domingos Lopes, médico reputadíssimo e, acima de tudo, um amigo com uma imensidão de amigos que facilmente fazia.
Pessoalmente, nunca por um dia sequer que fosse me conformei com a partida deste meu amigo maior, com quem partilhei momentos verdadeiramente espectaculares de grande convivialidade familiar, a vontade de colocarmos ao serviço do nosso concelho os nossas ideais socialistas do PS, a dedicação ao Vilaverdense F. C. e, no geral, tudo quanto à nossa terra comum – a freguesia de Barbudo natal e o concelho de Vila Verde – pudesse de alguma forma importar.
Muitos se lembrarão da sua competência profissional, e certamente, ninguém haverá que ainda hoje não deixe de se comover com a sua inesgotável dedicação missionária, dia e noite adentro, pela torreira dos dias quentes de verão ou encharcado pelas intempéries mais impiedosas. Mais tarde ao mais cedo, mas quase sempre muito mais tarde, a campainha tocava para anunciar a sua presença reconfortante à cabeceira do leito dos que sofriam, onde, muitíssimas vezes, deixava, com um passe de mágica destreza para que ninguém disso se apercebesse, sob o travesseiro do doente que consultara, algum dinheiro que sabia faltar na casa. Quantas surpresas guardadas para os que no dia seguinte, ao refazerem de fresco as camas, se deparavam com as notas entre os lençóis, ainda passadas poucas horas havia da visita graciosa deste venturoso mensageiro do bem-fazer.
Esta malta nova, bem formada e aguerrida que anda hoje pelo PS vilaverdense – como acredito neles para cumprir um sonho que gostava de ver realizado um dia destes e com que o Dr. Domingos Lopes, lá onde está, muito se irá regozijar também - haveria de ter gostado muito de conhecer e desfrutar da presença desta personalidade singular da vida pública vilaverdense prematuramente desaparecida.
Lembro-o, ainda com a emoção do dia em que, com discrição – outra grande qualidade sua, própria, aliás, das personalidades maiores – que o vi partir, para afagar a dor que desde então ficou sempre comigo, e que não quero perder nunca, porque bem dentro dela mora uma das mais saudosas e doces recordações que me acompanha permanentemente e me ajuda a relativizar o lado medíocre da vida que permanentemente se nos atravessa no caminho.

4 comentários:

Anónimo disse...

Estava a escrever uma mensagem a prepósito do texto colocado pelo autor Alberto Nídio.
A net foi abaixo e não sei se o comentário chegou mas o que queria dizer, resumidamente, é que só desaparece verdadeiramente quem não mais é lembrado. Este artigo de opinião mostra que o Dr. Domingos Lopes nunca foi esquecido e o seu trabalho em prol de Vila Verde também não.
Parabens pelo texto.

Vilaverdense disse...

Esse homem será eterno no coração dos Vilaverdenses.

Anónimo disse...

Concordo plenamente.
Tão importantes como a presença fisica das pessoas são as suas memórias e a imagem que deixaram.
O Dr. Domingos Lopes deixa saudade e de toda a justiça ser recordado.
Por este mesmo motivo, pela importância das nossas atitudes enquanto nos "deixam andar" nesta vida terrena, é que temos que nos esforçar para dar o nosso melhor em tudo em que nos envolvemos.
Na política passa-se exacatamente o mesmo. O que ficará para a história é o nosso percurso e a correcção das posturas independentemente da forma como defendemos as causas que nos depertam atenção.
Termino com os parabens ao Blog pela grande abrangência de temas e pela sensibilidade que os seus autores demonstram ter pelos assunto e, principalmente, pelas pessoas.

Anónimo disse...

À POETA!!!!